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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

Visão ou quadro mental ?


Pintura da visão de Pedro

Crédito da imagem: Warley Frota



“E, tendo fome, quis comer; e, enquanto lhe preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos” (Atos 10: 10)

 


A Bíblia descreve uma visão como uma experiência de êxtase. A pessoa tem um arrebatamento de sentidos. Isso quer dizer que ela não sente (vê, ouve, toca) nessa dimensão, mas em outra. Ela vê (de olhos abertos) o que outros não estão vendo, ela ouve o que outros não estão ouvindo, etc. Por isso, a visão não é um mero quadro mental que nos passa enquanto estamos orando. Aliás, esses quadros mentais podem muito bem surgir por falta de concentração na oração.

           

Vemos que Jesus apareceu a Paulo em uma luz no caminho de Damasco. Foi uma aparição e não só uma visão, pois os que estavam com Paulo também viram. Somente Paulo, entretanto, ouvia a voz que lhe falava. Os companheiros de Paulo julgavam que ele falava sozinho (Atos 22: 9).

           

Em II Cor. 12: 2-4, Paulo fala que, em uma visão, foi “arrebatado em espírito”. Ele não sabe nem descrever sua relação com o corpo enquanto a teve (“se fora do corpo, não sei”).

           

As visões, como o próprio nome diz, são de olhos abertos:

 


“....Fala Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos; fala aquele que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso, caindo em êxtase e de olhos abertos (Números 24: 3 e 4).

 


Enquanto muitos hoje afirmam ter tido uma visão em um contexto de muita naturalidade, Paulo ficou cego depois que encarou a luz para dialogar com Aquele que lhe falava através dela. Daniel fala que teve uma “visão da tarde e da manhã”. Depois disso, conta: “E eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias” (Daniel 8: 26, 27)

           

Hoje em dia, vemos as pessoas facilmente dizer que tiveram uma visão. As visões e os sonhos, entretanto, são o último recurso para Deus falar. Se a questão é de fé ou prática cristã, Deus só falará pela Escritura. Se for questão relativa à direção da obra, Deus falará primeiro pelos dons espirituais, pois eles criam interdependência fraternal entre os cristãos (I Cor. 12 7- 11). Só no caso de faltar alguém que possa ser usado em um dom, é que Deus falará por visão ou sonhos. Notamos que os apóstolos estavam intensamente envolvidos na obra de Deus e eram o “fundamento” secundário da igreja (Efésios 2: 20), no entanto, tiveram poucas visões.

           

Portanto, não acreditemos em falsas visões, que não vieram com impacto e que não tem interesse para a obra de Deus (nem inteligibilidade). Desconfiemos de sua constância fora do normal. Creiamos no Deus dos milagres, mas sejamos prudentes e criteriosos!

 


“Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos de Deus” (I Cor. 14:37)





Pastor Glauco Barreira M. Filho (29.11.2008)

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