Crédito da imagem: Heberth Ventura
“Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lucas 12: 32).
Uma certa vez, perguntaram a Jesus se eram muitos ou poucos os que entravam no Reino de Deus. Jesus respondeu que a porta é estreita e o caminho que leva à vida é apertado. Sobre o caminho que leva à perdição, ele disse que era largo e espaçoso e que muitos são os que entram por ele. Jesus também falou de muitos que serão surpreendidos no juízo apesar de invocarem o seu nome.
No Antigo Testamento, embora Deus tenha escolhido o povo de Israel, a Bíblia diz que apenas um remanescente desse povo será salvo. Na história de Israel, vemos constantes desvios. Apenas um resto era fiel.
No Novo Testamento, tanto Jesus como Paulo falam em uma apostasia no fim dos tempos. Jesus falou de falsos profetas enganando multidões com sinais e prodígios. Ele perguntou até se ainda haveria fé na terra na oportunidade de seu regresso. Paulo falou de uma grande apostasia, de consciência cauterizada, de pessoas que não suportariam a sã doutrina, as quais procurariam mestres segundo os seus próprios desejos. Paulo falou de tempos difíceis para os pastores.
No Apocalipse, João fala da igreja final do período de Laodicéia e também da Grande Babilônia e suas filhas.
Quando Paulo saiu de Éfeso, anunciou que, após sua saída, chegariam lobos devoradores do rebanho (Atos 20: 29, 30).
No período inicial da igreja, ela teve que enfrentar os judaizantes e os gnósticos, hereges que semearam suas heresias na cristandade. Na época de Constantino (século IV), houve o sincretismo religioso com o paganismo.
A história da igreja é a história de uma multidão que segue o erro e de um remanescente que luta pela verdade. É sempre mais agradável para a carne estar na multidão, esquecer questões de consciência, sair de uma luta sem fôlego contra as tendências mundanas. Seguir a multidão é fazer parte de uma “comunidade agradável” com pessoas influentes no mundo, com entretenimentos, sociabilidade sensitiva, programações para todas as idades. Apesar disso, eu preciso dizer: É O CAMINHO LARGO!
O caminho estreito envolve não só renúncia, mais dilemas, confrontos, tensões e dificuldades. Sem amor sincero a Cristo, tudo isso é insuportável. É de levar para o hospício. Com Cristo incendiando o coração, porém, isso é uma grande aventura, é o que acrescenta gosto a vitória. São os que estão no caminho estreito que vêem muralhas caírem, boca de leões fechar, mares se abrirem, etc. Só quem conhece a agonia da cruz conhece a alegria do túmulo vazio. Só os zelosos do bem conhecem o brilho da verdade. Só os que conhecem as tribulações pela verdade, conhecem o peso de glória.
O caminho largo traz vantagens terrenas, mas é fútil, superficial e banal. Prefiro o remanescente, pois quero algo que tenha profundidade, eternidade, peso e realidade. Aprendi com Salomão que tudo é vaidade debaixo do sol. Quero, porém, agora, aprender com João acerca das ruas de ouro, do mar de cristal, da pedrinha branca, do livro aberto, do rio da água da vida que procede do trono de Deus e do Cordeiro!
Pastor Glauco Barreira M. Filho (24.12.2008)
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