Crédito da imagem: Heberth Ventura
Uma das doutrinas essenciais da Reforma é a de que a Bíblia é a única regra de fé e prática do cristão. Trata-se do que foi chamado de princípio formal do protestantismo. Na época da Reforma, essa doutrina foi oposta ao ensino católico romano que colocava a “tradição” ao lado das Escrituras como fonte doutrinária. Na verdade, o romanismo não só nivelava a “tradição” com a Escritura, mas interpretava a Escritura à luz da “tradição”.
A doutrina da Bíblia como regra de fé e prática continua importante para os crentes evangélicos hoje, principalmente por causa da onda subjetivismo que tem entrado em igrejas “evangélicas”. Esse subjetivismo coloca a experiência subjetiva acima da Escritura objetiva, pois interpreta a última à luz da primeira.
É comum ver crentes pentecostais perturbados com a existência do catolicismo “carismático”. Eles observam a liturgia parecida e vêem os católicos falarem de suas experiências religiosas emotivas com uma linguagem muito semelhante à deles, o que os leva a pensar que Deus está operando no romanismo e que devem aderir ao ecumenismo. Por outro lado, muitos conservadores se confundem ao ouvir liberais falando de sua “experiência de salvação”.
Não importa a emoção, pois o que vale é a Escritura. A experiência dos católicos carismáticos e dos liberais é emocionalmente verdadeira, mas espiritualmente falsa.
A emoção dos católicos, liberais, mórmons, adeptos da teologia da prosperidade é igual à de um crente verdadeiro. Aquilo em que acreditamos nos emociona. Se um católico acredita em imagens, ficará profundamente emocionado diante de uma imagem, assim como um membro da seita “universal” fica emocionado numa “sessão do descarrego”. Nossa constituição emocional é a mesma.
Se o Espírito Santo opera em alguém, a pessoa irá sentir a mesma emoção que alguém pode sentir num culto falso. O que diferencia as duas experiências não é a emoção, mas a realidade do que aconteceu.
Nós temos que avaliar não as emoções, mas a realidade que emociona. O padrão de avaliação só pode ser as Escrituras. Para terminar, fiquemos com as seguintes palavras de Charles Finney:
“Devemos nos assegurar de que as coisas que nossa mente enfoca são realidades. Há uma grande quantidade de religião imaginária no mundo e profissões de fé falsas como conseqüência de ser o objeto da atenção uma mera ficção. Isso significa que o indivíduo forma uma noção de Deus ou de Jesus Cristo ou da salvação, que está fora da verdade por completo, e seus sentimentos ante essas imaginações são os mesmos que seriam produzidos por objetos verdadeiros, se sua religião fosse verdadeira, porém é falsa.”
Pr. Glauco Barreira M. Filho (01.09.2009)
Texto esclarecedor!