Crédito da imagem: Heberth Ventura
Na primeira metade da Idade Média, os anabatistas foram representados por um grupo denominado de “paulicianos”. A expressão “paulicianos” indica a ênfase que davam ao Novo Testamento, o qual se caracteriza pelo predomínio das cartas do apóstolo Paulo.
Divulga-se a idéia de que os paulicianos surgiram através de um armênio do século VIII chamado Sembert. A verdade, porém, é que Sembert foi apenas um dos líderes paulicianos, pois há evidências históricas da existência dos paulicianos no século VII.
Nós encontramos menção histórica aos paulicianos até o século XII. A partir daí, os paulicianos foram conhecidos como valdenses. Um certo historiador disse o seguinte acerca dos valdenses:
“Contra uma igreja mundana e secularizada, com Roma como seu centro de autoridade, nos vales alpinos do Piemonte um grupo de testemunhas silenciosamente protestou e continuou a pregar e ensinar a Bíblia. Fizeram isso durante séculos, não se deixando influenciar pelo relacionamento existente entre a igreja e o Estado... Eram perseguidos, mas sempre sobreviveram... Eles consideravam as Escrituras válidas para todas as épocas, acreditando que nunca se tornariam obsoletas pelas mudanças das circunstâncias. Este povo conhecia bem as Escrituras e cria na sua supremacia acima das tradições dos homens. Sua vida toda parecia ser voltada à tarefa de manter-se fiel ao ensinamento cristão original...”
É constatável assim a existência dos anabatistas antes da Reforma Protestante. Como temos insistido em dizer, a igreja anabatista nunca saiu da igreja católica romana, pois não foi fruto de uma tentativa de Reforma no catolicismo. Os anabatistas são a continuidade natural da igreja apostólica. O catolicismo é que representa um desvio progressivo que se consolidou no século V.
Ser anabatista é ser bíblico até as últimas consequências, é amar a verdade, é ser cristão sem misturas.
Pastor Glauco Barreira M. Filho (14.11.2009)
A igreja que verdadeiramente guarda a sã doutrina, deve ser um lizeiro que ilumina este mundo tenebroso, e os anabatista cumprem históricamente esse papel com fervor e convicção. Que o Senhor nos dê Graça para seguirmos as mesmas pisadas.
Eu pensei que os anabatista tinha se iniciado com Wilhelm Reublin século XIV , mas aprendi hoje suas ramificações históricas bem antes.
Gosto! muito das origens anabatista, apesar de não ser, mas estudo muito sobre eles. Bom comentário pastor Glauco Deus abençoe sua vida.
Essa postagem aponta para um grupo de crentes que não vieram do romanismo, mas que são a continuação da igreja primitiva.
"Ser anabatista é ser bíblico até as últimas consequências, é amar a verdade, é ser cristão sem misturas."