Crédito da imagem: Heberth Ventura
“Convém, pois, que o BISPO SEJA IRREPREENSÍVEL, MARIDO DE UMA SÓ MULHER... QUE GOVERNE BEM A SUA PRÓPRIA CASA... PORQUE, SE ALGUÉM NÃO SABE GOVERNAR A SUA PRÓPRIA CASA, TERÁ CUIDADO DA IGREJA DE DEUS?... Convém, também, que TENHA BOM TESTEMUNHO DOS QUE ESTÃO DE FORA...” (I Timóteo 3: 2-7)
Durante a Idade Média, o conceito de família entrou em declínio. Do ponto de vista do catolicismo, o celibato era meritório e o casamento era um estado espiritual inferior. Entre os nobres, os casamentos eram arranjados por conveniência do poder e o adultério era comum. Os mais pobres, brutalizados pelos maus tratos e pela falta de instrução, tinham pouca compreensão do valor familiar.
A Reforma Protestante possibilitou uma nova visão da família. A tradução da Bíblia para língua vernácula trouxe a prática do estudo bíblico doméstico. Os quadros pintados já não eram mais representações de “santos” a serem cultuados, mas focavam a imagem da família reunida em torno de valores cristãos.
O fato de os pastores poderem se casar e a necessidade de terem uma vida exemplar no lar como condição para o ministério trouxeram uma nova visão da família.
Em sua obra “História do protestantismo”, cientista histórico-social Jean Baubérot disse o seguinte acerca do pastor na época da Reforma:
“Se não pretende ser uma personagem sagrada como o padre – casa-se e tem família -, possui um incontestável prestígio sociocultural. A sua atividade principal é a pregação em língua vernácula. Tem-se tendência a julgá-lo pelo conteúdo e também pelo aspecto exemplar da sua vida familiar. Ele vai ser portador de novos valores: a autoridade paternal, o afeto em relação às crianças. A família cristã torna-se num ideal.”
Diante dessa importante informação, nós lamentamos a existência de inúmeros “pastores” divorciados e recasados. Tais pessoas são um tropeço na obra de Deus.
Os “pastores” divorciados e recasados costumam ser “zelosos” em outros assuntos. Parecem os grandes defensores da “ortodoxia”, mas tudo não passa de uma compensação ou “penitência” que não tem nenhum valor diante de Deus, já que a união imprópria se perpetua e macula o ministério. Tais pessoas são assombradas pela culpa, manifestando neuroses e melancolias. A sua aparente insatisfação com a frieza dos crentes é, na verdade, uma insatisfação com as suas próprias vidas.
Como “pastores” divorciados e recasados, na maioria das vezes sem a presença do único motivo bíblico para o divórcio (adultério deliberado e impenitente do outro cônjuge), podem palestrar sobre o casamento e a vida familiar? Como “pastores” divorciados podem recasar tão rapidamente? Onde está a continência?
João Calvino, apesar de ter ficado viúvo e ter direito de casar de novo, achou que permanecer só era o melhor para o Reino de Deus em sua época. John Wesley foi abandonado pela mulher (que também permaneceu só). Ele nunca usou isso como pretexto para o divórcio, pois sabia que não era motivo justificável. Também não teve novos relacionamentos, mas se manteve casto pelo resto de sua vida.
O pastor deve ser irrepreensível. Aceitar pastores divorciados e recasados, bem como mulheres pastoras, é atentar contra o valor e a ordem familiar. O próximo passo de quem segue esse caminho é aceitar “ministros” homossexuais! Deus nos livre!
Pastor Glauco Barreira M. Filho (24.01.2011)
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