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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

O sacrifício da missa e os sofismas de linguagem



A doutrina católica da missa é cheia de blasfêmias. Em primeiro lugar, porque atribui ao padre o poder de transubstanciar os elementos da ceia no corpo e sangue de Jesus, dizendo também estarem presentes sua alma (humana) e divindade. Ignoram os católicos as inúmeras passagens que mencionam que Cristo, em humanidade corpórea, está no céu em intercessão por nós. A vinda corpórea de Cristo só acontecerá na “parusia” aguardada pelos cristãos como um evento escatológico.


Jesus disse que a ceia deveria ser celebrada em sua memória, sendo, portanto simbólica. Depois da ceia, ele continuou chamando o conteúdo do cálice de fruto da videira, indicando não ter havido qualquer mudança substancial.


No catolicismo, o cálice não é distribuído aos fiéis, apesar de Jesus ter dito: “Bebei dele todos”. Os católicos adoram a hóstia “consagrada” como se fosse Cristo, praticando grave idolatria.


Um dos pontos mais graves da doutrina da missa é a idéia de que nela o sacrifício de Cristo é repetido. Em relação a esse ponto, todavia, o catolicismo tem mudado a sua linguagem. Os protestantes e evangélicos sempre se opuseram ao ensino romanista, citando inúmeros textos da Carta aos Hebreus nas quais o autor fala do sacrifício de Cristo como único e irrepetível. Para afastar-se da incidência desses versículos, o catolicismo não fala mais em “repetição”, mas, sim, em “renovação” do sacrifício de Cristo.


O católico John O’Donnel diz:



“...A Epístola aos Hebreus ressalta que a morte de Cristo aconteceu de uma vez por todas (Hb 9, 12).... Portanto, deve-se excluir que a eucaristia seja uma repetição dessa oferta única de Cristo. Antes, na eucaristia se torna atual para comunidade cristã o insubstituível sacrifício de Cristo. Como diz Lúmen gentium 3: ‘Toda vez que o sacrifício da cruz, com o qual Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado (I Cor. 5: 7), é celebrado no altar, renova-se a obra da nossa redenção’”[1]



Ora, os papistas querem nos enganar com jogos de palavras. O objetivo da Carta aos Hebreus é mostrar-nos que o sacrifício de Jesus, perfeito e completo, não necessita de acréscimos. Logo, não precisa repetição nem de renovação.


O catolicismo continua chamando a mesa de altar e a missa de sacrifício. De acordo com o catolicismo, o padre transubstancia os elementos que estão sobre a mesa na carne e sangue de Jesus. Como na mesa (altar), os elementos estão separados (hóstia e cálice), a carne e sangue de Jesus estão separados, o que só pode resultar em morte. A “renovação” é, portanto, o mesmo que “repetição”, assim como “adoração” e “veneração” termina sendo a mesma coisa no catolicismo.


Na primeira ceia, Jesus não havia ainda morrido. O que, então, teria sido renovado?


A Bíblia ensina que não é o padre que oferece a Deus o sacrifício de Cristo, mas o próprio Cristo de uma vez para sempre no santuário celeste:



“Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por SEU PRÓPRIO SANGUE, entrou UMA VEZ no santuário, havendo efetuado UMA ETERNA REDENÇÃO” (Hebreus 9: 12)


"Deus não é servido por mãos humanas, como que necessitando de alguma coisa” (Atos 17: 25)



Nosso aperfeiçoamento não requer a renovação do sacrifício de Cristo, mas o desenvolvimento do que já nos foi dado:



“Porque, com UMA SÓ OBLAÇÃO, APERFEIÇOOU PARA SEMPRE os que são santificados.” (Hebreus 10: 14)



Jesus não está vindo ao altar da missa diariamente, mas “havendo oferecido UM ÚNICO SACRIFÍCIO PELOS PECADOS, ESTÁ ASSENTADO PARA SEMPRE À DESTRA DE DEUS” (Hebreus 10: 12).


O catolicismo quer anular o valor do sacrifício de Cristo, pondo seus benefícios a depender dos serviços da igreja. Como se essa usurpação não bastasse, o romanismo divide os méritos da obra de Cristo com Maria. Veja o que diz O’Donnel:



“Segundo, Balthasar chama a nossa atenção para a dimensão Mariana do sacrifício eucarístico. A condição de possibilidade da Encarnação foi o sim de Maria ao plano de redenção do Pai. Mas esse Fiat de Maria levou-o até a cruz... Assim, ela se tornou a mãe de todos os crentes. Sua parte ativa na redenção consistiu na receptividade de pronunciar um sim para a morte do seu próprio filho.”[2]



O romanismo fala como se Deus não fosse soberano e onipotente. Se Maria não tivesse dado o sim a Deus, o Senhor teria encontrado outra pessoa que o desse. Ninguém poderia frustrar os planos de Deus (Jô 42:1). Se fossemos usar a lógica católica, o não de Judas foi muito mais eficaz para levar Jesus a cruz que o sim de Maria. Teria Judas, então, um papel na nossa redenção?


O credo apostólico diz que Jesus nasceu da virgem Maria (não de uma suposta “Nossa Senhora”), mas também diz que ele padeceu sob Pôncio Pilatos. Se alguém disser que Ele tinha que nascer de Maria, eu direi que Ele tinha que padecer sob Pôncio Pilatos.


Será que poderíamos dizer que o Simão que carregou a cruz de Jesus foi co-redentor? Claro que não.



“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4:12)



O catolicismo não é uma religião cristã, mas anti-cristã, pois suas doutrinas visam a diminuir a importância de Cristo e de sua obra!




Pastor Glauco Barreira M. Filho (23.06.2010)




.oOo.




[1] O’ DONNEL, John. Introdução à Teologia Dogmática. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Loyola, 1999, p. 53.


[2] Op. Cit., p. 53-54.

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