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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

O governo secular


Rei George V (1910 - 1936)



“Devemos sujeitar-nos às autoridades governantes. Em todo o Novo Testamento, não há nenhuma instrução sobre como governar. Seria isso indício de que Deus deu o mundo para que os não-crentes governassem no lugar dos cristãos? De acordo com o Novo Testamento, parece que Deus não têm a intenção de que os cristãos desta época sejam governantes na terra.” (WATCHMAN NEE, “Autoridade Espiritual”, SP:Vida, 2005, p.189-190).



Watchman Nee, em seu exame exaustivo da questão das relações de autoridade na Bíblia, percebeu que o Novo Testamento dá recomendações a quem tem autoridade e a quem está debaixo de autoridade. Há orientações tanto para pais como para filhos, para o marido e para a mulher, para patrões e para empregados... No que respeita, porém, à relação política entre governantes e governados, o NOVO TESTAMENTO só traz orientações para os súditos. Não há orientações para o “governante cristão”. Dessa constatação, infere Watchamn Nee, em concordância com os irmãos unidos e os anabatistas, que não é parte do propósito de Deus na presente dispensação que haja crentes em posições de governo político.


A presença de “cristãos” nas posições de governo nunca foi boa. A política segue a visão maquiavélica e pragmática que justifica os meios pelos fins, principalmente porque não estamos mais em uma teocracia direta como em Israel no Antigo Testamento. A ética cristã é a ética da convicção e, logo inegociável. Os governantes precisam barganhar com corruptos, entrar em guerra...


A igreja romana se corrompeu pelas ingerências políticas de Constantino e do império romano. Lutero sempre se queixou da infidelidade dos príncipes “protestantes”. O puritano Cromwell precisou dar um banho de sangue na Irlanda para conter as revoltas de lá. A Reforma foi marcada por guerras de religião patrocinadas por príncipes católicos e protestantes.


O crente deve seguir o exemplo de Cristo. Os judeus esperavam um messias guerreiro, mas encontraram um defensor da não resistência. A atuação governante na política secular é incompatível com o sermão do monte e com o novo mandamento de Jesus. O Diabo é retratado no Novo Testamento como o “deus deste século” e o “príncipe deste mundo”. Deus, em sua providência tem o controle de tudo, mas muito do que é permitido por Deus é agência direta do maligno. Devemos ter cuidado para não elegermos o Anticristo. A nossa esperança é reinar com Cristo no milênio, não agora.



“Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.” (João 18: 36)




Pastor Glauco Barreira M. Filho (24.02.2010)

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