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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

O cânon do velho testamento e a igreja católica



O cânon do Velho Testamento surgiu antes de Jesus e dos apóstolos. Esse cânon foi reconhecido pelos crentes judeus ainda no velho pacto. A igreja católica, portanto, não tinha autoridade para acrescentar alguns livros ao Velho Testamento judaico como terminou fazendo. Paulo diz:



“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Romanos 9: 4)


“Qual é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda maneira, porque primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.” (Romanos 3: 1-2).



A igreja romana, atualmente, está dizendo que foram os judeus que, antes da vinda de Cristo, tiraram os sete livros (apócrifos) do cânon do Velho Testamento porque se opunham as suas doutrinas. Na verdade, essa explicação só expressa o ódio e um histórico de calúnias da igreja romana contra os judeus.


Se os sete livros apócrifos foram tirados da Bíblia por judeus apóstatas, como isso não gerou uma comoção nacional entre os judeus? Por que Jesus e os apóstolos nunca falaram contra essa adulteração do Antigo Testamento em sua época? Por que Jesus citou praticamente todos os livros do Antigo Testamento, mas não citou nenhum dos sete livros apócrifos? Porque nenhum dos apóstolos e escritores do Novo Testamento citou nenhum dos sete livros apócrifos em suas epístolas, apesar de citarem muitas passagens do Antigo Testamento? Todas essas perguntas evidenciam as mentiras do catolicismo romano.


É interessante que a maioria dos pais da igreja dos séculos II e III não reconheciam inspiração aos sete livros apócrifos. Também é oportuno lembrar que foi somente no Concílio de Trento (século XVI) que a igreja católica reconheceu oficialmente esses sete livros apócrifos como parte de seu cânon. Isso aconteceu para dar subsídios à acusação de que as traduções da Bíblia para as línguas vernáculas feitas pelos protestantes eram falsas, pois não continham os sete livros.


Entre os sete livros apócrifos está o de Sirácida. No prólogo do livro, está escrito assim:



“Muitas coisas importantes nos foram transmitidas pela Lei e os Profetas... Eis por que meu avô Jesus, que se tinha entregue à leitura da Lei, dos Profetas e dos outros livros de nossos pais, e que alcançara grande domínio sobre eles, foi levado também a escrever sobre a instrução e a sabedoria”



Note que o autor do livro apócrifo fala da lei e dos profetas como um livro à parte. Ora, “a lei e os profetas” era a expressão com que se denominava o Antigo Testamento (Lucas 16: 29). O autor de Sirácida leu a lei e os profetas (Antigo Testamento) e outros livros (não inspirados). Dessas leituras, resolveu (a decisão foi sua, não de Deus) também escrever alguma coisa.


Entre os livros apócrifos, estão os dois de Macabeus. Como tais livros podem ter sido inspirados por Deus, se Macabeus pede perdão por erros que tenha cometido no registro?



“Se está boa a composição e logrou feliz êxito, é o que eu desejava; se pouco valor tem e não excede a mediocridade, foi o que pude fazer.” (II Macabeus 15: 38)



Que diferença dos profetas que diziam: “Assim diz o Senhor”. Veja ainda como difere dos livros sagrados, lendo João 21: 24; I Cor. 14: 37; II Pedro 1: 16-21; Apocalipse 22: 18, 19. Como os livros de Macabeus podem ser inspirados se na época dos Macabeus não havia profeta fiel (I Macabeus 14: 41)? Como o livro apócrifo de Judite pode ser inspirado se fala de Nabucodonosor como rei em Nínive sobre os Assírios quando todos sabemos que Nabucodonosor teve o seu reino na Babilônia (Judite 1: 1)? Como o livro de Baruc pode ser inspirado se ele diz que Bacuc escreveu em Babilônia (Baruc 1: 1) quando Jeremias diz que Baruc não foi levado para a Babilônia, mas foi para o Egito e chegou a Tafnes (Jeremias 43: 6, 7)?


Ao acrescentar os sete livros apócrifos, a igreja católica caluniou os judeus e adulterou a palavra divina, trazendo sobre si as PRAGAS de Apocalipse 22: 18.



“E ouvi outra voz do cèu, que dizia: Saí dela, povo meu, para que não sejas participante de seus pecados e para que não incorras NAS SUAS PRAGAS.” (Apocalipse 18: 4)






Pastor Glauco Barreira M. Filho (04.05.2009)

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1 Comment


Guest
Aug 23, 2023

Concordo plenamente.

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