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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

O culto às imagens e o catolicismo romano



No velho Testamento, Deus ordenou a Moisés que fizesse querubins para estarem em cada extremidade da arca do concerto. Esses querubins identificariam o lugar onde a glória de Deus apareceria quando ele fosse se manifestar a Moisés ou ao sacerdote (Êxodo 25: 17-22). Também os querubins ficariam acima do propiciatório, indicando que aquele que faria propiciação pelos nossos pecados (I João 2: 2) se faria menor que os anjos pela encarnação (Hebreus 2: 9). Notemos que esses querubins eram insignificantes, pois o que se queria destacar era o propiciatório e a glória de Deus.


A arca do concerto ficava no lugar mais oculto do templo, além do segundo véu, no Santo dos Santos (Hebreus 9: 3 – 5). Ninguém via a arca e, conseqüentemente, os QUERUBINS, senão o sumo sacerdote, quando entrava no Santo dos Santos uma vez ao ano (Hebreus 9: 6 e 7). Além disso, quando a glória de Deus se apresentava, inundava tudo, tornando impossível a contemplação dos querubins (Levítico 16: 2, Êxodo 29: 43).


Uma observação importante é que os querubins não recebiam nomes (Gabriel, Miguel, etc). Eram impessoais como também aqueles que apareciam nas cortinas (Êxodo 26: 31).


Tudo isso mostra que a igreja romana não pode basear-se nesses querubins do templo para justificar seu culto às imagens. No catolicismo, diferentemente dos querubins do templo, as imagens recebem nomes (Maria, Pedro, Jesus), sendo personalizadas. Elas não têm função instrumental (apontar a glória de Deus, salientar a humilhação de Cristo na expiação), mas função final, sendo objetos de reverência, culto, entrega de flores, etc. Além disso, as imagens ficam em lugar de destaque. Também elas não estão postas de modo a ilustrar alguma verdade a ser ensinada, mas para serem objetos de contemplação. O católico beija as estátuas, faz peregrinações com elas, benze, além de levar pequenas imagens no pescoço como se fossem amuletos.


É bom também salientar que, no tabernáculo do Velho Testamento, não havia nenhuma imagem de Deus. Observamos ainda que os querubins não foram feitos pela iniciativa do homem, mas sob ordem expressa de Deus. De semelhante modo, os sacrifícios humanos foram reprovados no Antigo Testamento, mas Abraão levou seu filho para sacrifício sob ordem expressa de Deus. Do mesmo modo, Oséias recebeu ordem expressa de Deus para casar-se com uma prostituta. Em todos esses casos, assim como no caso dos querubins, Deus queria ilustrar alguma verdade espiritual. Nós, agora, já não precisamos dessas ilustrações pelas razões abaixo:



“Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles chegam.” (Hebreus 10: 1)


“Dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” (Hebreus 9: 8)



Paulo compara os homens debaixo da lei (Velho Testamento) a meninos sob pedagogos e o crente do Novo Testamento a um homem maduro (Gálatas 4).


Voltar às figuras do Velho Testamento é rejeitar o Novo, mas criar imagens próprias é idolatria.


No Antigo Testamento, houve também uma oportunidade em que o povo foi punido por sua desobediência, sendo picado por serpentes do deserto. Para testar a obediência do povo, Deus ORDENOU a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e colocasse sobre uma haste. Todo o que olhasse para serpente seria curado (Números 21: 4 – 9). Aquela serpente não serviria mais para nada depois daquele momento. Não deveria nem ser uma relíquia. Embora o ato de ela ser levantada na haste tenha sido comparado com a assunção de Jesus na cruz (João 2: 14- 15) – note que foi o levantamento da serpente que foi comparado ao evento da cruz, não a serpente com Cristo – ela não personificava nada, pois não recebera nome. Os judeus, porém, deram-lhe um nome e usaram-na para culto, o que levou Deus a reprova-los através do rei Ezequias.



“E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Este tirou os altos.... fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe CHAMAVAM Neustã.” (II Reis 18: 3 e 4).



A Bíblia condena veementemente as imagens esculpidas:



“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.” (Êxodo 20: 4-5).



Notemos que o texto acima é o segundo dos dez mandamentos. A igreja católica o tirou do catecismo (mas não da Bíblia), o que mostra que ele a incomoda. Para continuar dando dez mandamentos, a igreja romana duplicou o último (“não cobiçaras”): “não cobiçarás a mulher do próximo” e “ não cobiçarás os bens alheios”. Paulo, porém, mostra que há um só mandamento de não cobiçar (Romanos 7: 7). Veja ainda Salmo 115 (ou 114): 4- 8.


A Bíblia condena de modo específico a construção de imagens de Deus (Jesus Cristo). No Antigo Testamento, o povo fez o bezerro de ouro como representação do Deus verdadeiro (Êxodo 32: 4 e 5), mas foi punido (Êxodo 32: 25-29).


Não adianta dizer que Deus fez o homem à sua imagem, pois a imagem de Deus no homem não está na sua parte visível (corpo), mas na parte invisível (razão, etc). Paulo condena imagem de Deus claramente em Atos 17: 24-29.


Deus não quer ser adorado de modo materialista por imagens, mas de modo espiritual:



“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4: 24)





Pastor Glauco Barreira M. Filho (06.05.2009)

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