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Foto do escritorHeberth Ventura

Francis Schaeffer e o engajamento cultural


Créditos da imagem: Heberth Ventura



Francis Schaeffer foi um dos mais importantes teólogos evangélicos do século passado. Sua teologia era não apenas de cunho apologético e filosófico, já que essas eram as suas atuações, mas antes eram marcadas de lucidez, discernimento espiritual e piedade cristã.


Ver antecipadamente futuros cenários trabalhosos para a igreja era uma das marcas de suas obras. Em uma delas, mais precisamente, falando sobre “O perigo do Silêncio”, esse importante defensor da fé nos alertou de um futuro perigoso no qual a igreja enfrentaria. Ele disse: “Creio que a Igreja de hoje corre perigo real e está prestes a passar por maus bocados. Enfrentamos pressões presentes e manipulações presentes e futuras que serão intensas nos dias por vir, a ponto se fazerem as batalhas dos últimos 40 anos parecerem brincadeira de criança.”[1]


Tais palavras em sua época foram principalmente direcionadas aos jovens cristãos. Ele quis mostrar que os jovens estariam em um mundo marcado por uma revolução acompanhado de repressão. Em outras palavras, veríamos uma sociedade declaradamente contrária aos princípios morais do Evangelho e que se valeria da repressão (força) para ir adiante.


Outra fala importante dele foi mais na verdade um alerta e repreensão para a igreja se manter vigilante quantos aos desafios de seu tempo. Tinha-se a impressão de que a Igreja sempre estava atrasada no tocante à questões em que o mundo a muito tempo já estava falando.


Essa é a realidade da igreja brasileira hoje, preocupada com assuntos secundários quando deveria perceber a real situação do mundo e oferecer uma resposta aos seus desafios. Chegou a hora em que não podemos estar “por fora” dos desafios que se apresentam ao povo de Deus.


Nesse mesmo texto, Schaeffer conta a experiência de liderar um movimento cristão no qual os jovens, vindos recentemente de contextos cristãos, tinham sidos apenas instruídos a crer, ou seja, receberam doutrinas sem que fossem relacionadas aos problemas difíceis com os quais os jovens passariam. Levando isso em consideração, precisamos portanto, mostrar aos nossos jovens de que o cristianismo tem respostas plausíveis para dar ao mundo. É preciso também que se veja na comunidade cristã uma doutrina ornamentada de beleza e de ardor. Os jovens estão enfrentando conflitos que exigirão deles uma confiança absoluta no Poder do Espírito, que concede a palavra da sabedoria para momentos com os quais enfrentaremos.


Precisamos de jovens fiéis à sua crença mesmo em face a oposição e ferrenha hostilidade, como anabatistas dispostos a correr riscos em defesa das nossas convicções. John Wesley, George Whitefield, entre outros, fizeram parte daqueles que mesmo jovens, mudaram o mundo. Esse é o potencial de um jovem, a capacidade de, sob orientação de Deus e em total entrega a sua obra, mudar o cenário no qual vivem.




No amor do Senhor,


Heberth Ventura




.oOo.





[1] SCHEAFFER, Francis. A Igreja no final do século 20. In: _______. A Igreja no século XXI. Trad. Elizabeth Stowell Charles Gomes. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p.71.

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1 Kommentar


Jair Filho
Jair Filho
03. Sept. 2023

Muito bom!

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