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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

E o papa Bento XVI?


Imagem de Lutero e do papa Bento XVI

Crédito da imagem: Heberth Ventura


 

Joseph Aloisius Ratzinger (“papa” Bento XVI), ao contrário de João Paulo II (que foi um papa mariano), tornou-se bem mais cristocêntrico.  Tendo nascido na Alemanha, deve ter tido alguma influência do pensamento luterano. A partir disso, faremos algumas considerações.


A tradição católica sustentava a existência do limbo como um lugar para onde iam crianças mortas sem o batismo. A doutrina do limbo era claramente sustentada no catecismo breve de “São” Pio X: “As crianças mortas sem Batismo, aonde vão? As crianças mortas sem Batismo vão ao limbo, que não é prêmio sobrenatural nem pena...”. No Catecismo Tridentino, publicado pelo papa “São” Pio V para o Decreto do Concílio de Trento, lia-se: “Aos pequeninos não é deixada nenhuma possibilidade de obter a salvação”. Os evangélicos nunca creram no limbo. Bento XVI também não. Ele aboliu o conceito de limbo (acesse aqui).


A igreja católica romana acredita firmemente no purgatório. Com base nele, promoveu a venda de indulgências e celebra as suas missas pelos mortos. Na Idade Média, o romanismo sustentou que o purgatório ficava numa região inferior da terra, onde almas ardiam em fogo para, depois, entrar no céu. Os reformadores foram contra o conceito de purgatório, defendendo apenas o processo de santificação que acompanha a vida cristã sobre a terra. Bento XVI também não cria no purgatório e, por isso, ele o redefiniu. Para ele, o purgatório não era um lugar no pós-morte, mas um fogo interior que nos purifica ou seja, o que os protestantes chamam de “processo de santificação” (acesse aqui).


Em 2011, em discurso a portas fechadas no convento dos agostinianos, Bento XVI disse: “O pensamento de Lutero, a sua espiritualidade inteira era totalmente cristocêntrica. Para Lutero, o critério hermenêutico decisivo na interpretação da Sagrada Escritura era «aquilo que promove Cristo». Mas isto pressupõe que Cristo seja o centro da nossa espiritualidade e que o amor por Ele, o viver juntamente com Ele, oriente a nossa vida”. (acesse aqui).


Filipe Melancthton foi o reformador luterano mais importante depois de Lutero e seu grande amigo. Em sua obra “Loci Theologici”, ele defende a doutrina da Reforma Protestante e combate com veemência o romanismo. Bento XVI era estudioso do pensamento de Melancthton: “Enquanto professor em Tubingen, Joseph Ratzinger, hoje papa emérito Bento XVI, realizava seminários de estudos sobre Melancthton, de quem esperava muito para a promoção do ecumenismo” (Apresentação do livro LOCI THEOLOGICI, de Felipe Melancthton, São Paulo: Sinodal, EST, 2018, p. 03).


Em 2013, Bento XVI, misteriosamente, renunciou ao papado e se recolheu a uma vida religiosa privada. O que terá acontecido?


 





Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

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