Como jurista cristão, mais do que ninguém, eu sou um defensor dos direitos humanos. Defendo radicalmente o direito à vida, e, por isso, sou contra o aborto. Defendo radicalmente a dignidade da vida humana, e, por isso, sou contra o uso científico de células-tronco embrionárias. Sou contra a discriminação racial e a intolerância religiosa.
Eu lamento, porém, que os direitos humanos tenham sido desviados de seu curso filosófico inicial. Hoje em dia, os bandidos se valem do discurso sobre direitos humanos para se tornarem “vítimas”. Os meios de comunicação corrompem famílias e crianças com programas imorais, alegando o direito à liberdade de expressão.
O pior de tudo é que estão falando agora em direitos homossexuais. Não nego que o homossexual, enquanto ser humano que é, tem direitos como qualquer outra pessoa. O que é esquisito é que o fato de ele ser homossexual seja fato gerador de direitos.
Os homossexuais não querem se valer do discurso universal de direitos humanos, mas, antes, querem ter direitos PORQUE são homossexuais. Isso é uma tentativa de colocar para a sociedade a tese vigente entre eles de que a homossexualidade é um sinal de superioridade ou genialidade. Essa megalomania corrupta os leva a se autodenominarem de “entendidos”.
Do ponto de vista lógico, eu perguntaria: “Se deve haver direitos homossexuais, haveria também direitos heterossexuais?”. Para aqueles que querem direitos para essa “opção sexual”, eu perguntaria se não haveria de se cogitar em direitos para outras, como os direitos dos que praticam bestialismo (sexo com os animais), os direitos dos que praticam masturbação ou os direitos dos necrófilos (que praticam sexo com os cadáveres). Todas essas colocações mostram o absurdo de se falar em “direitos homossexuais”.
O Direito, na verdade, não deveria estimular exibições públicas de cenas sexuais de qualquer tipo diante de crianças e em agressão às famílias. No último caso, deveria ser desconhecido pelo Direito, mas nunca deveria ser reconhecido.
Ficamos a imaginar o que virá depois dos direitos homossexuais. Nos EUA, há um grupo advogando direitos para a pedofilia homossexual: NAMBLA (Associação de Amor ao Garoto Americano). O lema da associação é “sex by eight before it is too late” (faça sexo aos oito anos, antes que seja tarde demais). Essa organização opera abertamente e sob proteção constitucional. O seu jornal, cujo editor é um professor, publica um boletim aos seus membros por todo o país.
Há ainda os que acreditam que o incesto deve ser legalizado. O SEICUS (Conselho Escolar de Informação Sexual dos Estados Unidos), grupo influente no estabelecimento da educação sexual no programa da escola pública nos EUA, fez circular um documento que sugere que os “pronunciamentos com respeito a incestos” estão todos errados. Lamentam que o tabu do incesto “tenha impedido a investigação científica”.
A sociedade está se degenerando, mas o pior é que a corrupção está se institucionalizando. Em todas as épocas, houve pecado, mas não a sua institucionalização. A trombeta profética da igreja tem que soar!
Pastor Glauco Barreira M. Filho
Comentarios