Crédito da imagem: Heberth Ventura
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (I Coríntios 15: 58)
Um das coisas que caracterizou o avivamento que houve na Inglaterra do século XVIII foi a intensidade na obra de Deus. Os pregadores não poupavam esforços, mas submetiam o corpo à servidão. Tudo isso era para que por todos os meios pudessem ganhar alguns.
O lema de George Whitefield era “pregar até cair”, isto é, pregar até prostrar de exaustão. Veja as seguintes palavras desse homem:
“No dia do Senhor, eu costumava pregar quatro vezes a enormes e impressionantes auditórios, além de ler orações duas ou três vezes e de caminhar talvez doze milhas indo e vindo de uma igreja a outra...”
Howell Harris, outro avivalista do período, amigo de Whitefield, disse:
“Uma forte necessidade foi lançada sobre mim de que eu tinha que ir ao máximo da minha capacidade de exortar. Eu não podia me encontrar ou viajar com ninguém... sem falar com as pessoas sobre as suas almas. Numa ocasião de festas, eu fui de casa em casa em nossa paróquia..."
“Minha comida e minha bebida era louvar o meu Deus. Estava aceso um fogo em minha alma, e eu estava revestido de poder... Eu poderia falar ao rei, se estivesse ao meu alcance... Eu erguia a minha voz com autoridade, e em todos os rostos via-se temor e tremor... Eu trovejava grandemente, denunciando as classes altas, o clero e todo o mundo”.
Veja o trabalho de Harris:
“Visitei agora... 13 condados e percorri, na maior parte das vezes, 150 milhas toda semana e discursei duas vezes por dia – às vezes três ou quatro vezes por dia; e nesta última viagem não tirei casaco e sobretudo durante 7 noites, viajei de uma manhã até à manhã seguinte sem nenhum repouso, mais de 100 milhas, discursando às 12 ou às 2 da manhã no monte, sendo obrigado a dar-me por satisfeito essa vez por causa da perseguição”.
Outro pregador foi Robert M. McCheyne um dos mais intrépidos e poderosos pregadores que o mundo já conheceu. Herdeiro do zelo dos antigos metodistas (Whitefield e Wesley), ele foi o instrumento de Deus para um grande reavivamento na Escócia. Embora tenha morrido cedo, a sua influência foi muito além de sua idade.
McCheyne era um homem de oração. O seu semblante angelical ao sair da oração privada, sem nenhuma palavra, colocava uma congregação inteira em lágrimas.
A sua pregação era cheia de compaixão, sendo marcada pelo clamor intenso para que os homens se reconciliassem com Deus.
Muito mais do que euforia, nós precisamos do amor pelas almas que tinha McCheyne. Que as suas palavras abaixo possam aquecer os nossos corações:
“E aqui eu quisera fazer notar o que a mim me parece um defeito na pregação em minha amada Escócia. Muitos ministros estão acostumados a mostrar Jesus Cristo diante do povo. Expõe clara e belamente o evangelho, mas não clamam aos homens para entrarem no Reino. Agora, Deus diz: ‘Exortai’ – rogai aos homens -, persuadi aos homens. Não somente aponta a porta aberta, mas compele os homens a entrar por ela. Oh! Sejamos mais misericordiosos para com as almas, para que possamos colocar nossas mãos sobre os homens e guiá-los com suave e doce contato ao Senhor Jesus Cristo.” (Robert M. McCheyne)
Pr. Glauco Barreira M. Filho (09.12.2009)
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