Crédito da imagem: Warley Frota
“Está alguém entre vós doente? CHAME os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o LEVANTARÁ; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5: 14-15)
Atualmente, há igrejas orando por objetos e, em particular, por óleo. Fala-se até em “óleo ungido”, uma expressão contraditória, pois como pode ser ungido aquilo com o que se unge. O objetivo pretendido por tais orações é conferir ao objeto a qualidade de mediador do poder espiritual. Os que creem na mediação de “santos” estão errados, mas são mais inteligentes do que os que creem em mediação de objetos inanimados.
Tiago fala em ungir o doente em nome de Jesus, mas não fala em orar pelo óleo. A oração é pelo doente (“orem sobre ele”). Não é o óleo que cura, mas “a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará”. O óleo é apenas um símbolo da presença do Espírito Santo.
As seitas neopentecostais ungem não só doentes, mas também objetos. Elas ungem não só para cura, mas para prosperidade. Tais acréscimos não têm base bíblica.
A regra geral é orar pelos enfermos, impondo as mãos (Marcos 16: 17, 18). Todos os crentes (e não só pastores) podem orar pelos enfermos e impor as mãos. Não existem “mãos ungidas”. A imposição de mãos é apenas um gesto fraternal.
Não é bíblico ungir com óleo as pessoas que vão normalmente para a igreja. Tiago fala de ungir o enfermo que não pode ir para a igreja, por isso é que ele diz “CHAME os presbíteros”. Deve-se ungir o enfermo que está prostrado (“o Senhor o LEVANTARÁ”). Como a pessoa, pela sua prostração, não pode ir para a igreja, ela deve estar desanimada. Para animá-la, e ela sentir a proximidade da igreja, os próprios presbíteros devem visitá-la. Como ela não está animada pela presença do Espírito Santo nos cultos, deve ter sua fé despertada por um símbolo da presença de Deus (o azeite ou óleo).
A Bíblia não ensina a orar por objetos. Nem na ceia do Senhor Jesus orou pelos elementos, mas apenas deu por eles graças, como se faz com qualquer alimento.
Pastor Glauco Barreira M. Filho (20.03.2009)
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