Crédito da imagem: Heberth Ventura
“...Mas nós temos a mente de Cristo” (I Cor. 2: 16)
Em todas as religiões que se professam cristãs (catolicismo, protestantismo, testemunhas de “Jeová”, adventistas, etc), há pessoas que afirmam ter mudado de vida, pessoas que deixaram a bebida, a prostituição e outros vícios. Coisas semelhantes também acontecem em religiões que não se professam cristãs. Diante disso, surge a questão acerca do que diferencia um verdadeiro crente em Jesus Cristo.
É verdade que muitos que estão em igrejas evangélicas nunca nasceram de novo. Mudaram de igreja (geralmente do catolicismo para uma igreja evangélica), deixaram certos vícios, mas nunca se converteram a Cristo. É possível alguém deixar a bebida, o fumo e a prostituição por puro egoísmo. Afinal de contas, bebida, cigarro e droga fazem mal a saúde, além de prejudicar a prosperidade financeira. A prostituição pode trazer muitas infelicidades (doenças, problemas familiares). A questão não é de que nos convertemos, mas para que nos convertemos. O cristão não é alguém que deixou algo, mas, sim, alguém que ama a Cristo.
O crente não teve uma mudança apenas em atos e hábitos, mas também em atitudes, valores, inclinações e preferências. Ele tem a mente de Cristo (I Cor. 2: 16), se inclina para as coisas do Espírito (Romanos 8: 6), aprova as coisas excelentes (Filipenses 1: 10).
O salvo deixou a avareza e ganância. Ele se aproxima dos humildes. O falso cristão tem prazer entre os influentes neste mundo. Gosta de se associar aos que são considerados cultos. Há aqueles que só procuram amigos entre os que possuem condição financeira avantajada, pois querem oportunidades de se aproveitar disso.
O crente não é invejoso, não é soberbo, não é impuro. Não é desleal ou caluniador. Não tem uma mente estratégica para o mal. Não é mentiroso, infiel, cínico ou oportunista. O crente não serve aos outros ou a Deus para obter favores. Não lisonjeia ou elogia para fisgar fidelidade. Não é irônico, malicioso ou maledicente.
O crente ama a Jesus com amor fervoroso. Pensa sempre em Jesus. Considera sua vontade, busca o seu favor e direção. As conversas do crente são espirituais, sua oração é sem máscaras, sua pregação é zelosa.
Ser crente é ter um novo coração (Jeremias 32: 39, 40), um coração sedento de Deus (Salmo 84: 1-3). Ser crente é buscar o Reino de Deus em primeiro lugar. É abominar o pecado (Judas 23), ter vergonha de praticá-lo (Romanos 6: 21).
Há muitos nas igrejas que precisam de conversão. Precisam nascer de novo. Foram convencidos intelectualmente da verdade, tiveram uma experiência emocional, foram batizados e entraram na igreja, mas não estão salvos.
“Não te maravilhes de ter te dito: Necessário vos é nascer de novo” (João 3: 7)
Pastor Glauco Barreira M. Filho (30.11.2008)
Essas palavras nos fazem pensar em nos dedicarmos mais a Deus, pois é isso que Deus requer de nós, que façamos sua vontade e tenhamos uma maior comunhão com Ele.