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Foto do escritorPastor Glauco Barreira M. Filho

A interpretação do Apocalipse

Atualizado: 11 de jun. de 2024


Crédito da imagem: Heberth Ventura



 

O livro do Apocalipse, ao contrário do que se pensa, não é um livro de difícil interpretação. É claro que nem sempre é possível saber detalhadamente como serão certos acontecimentos representados apenas por figuras, mas temos condições de saber a ordem dos acontecimentos e a qualidade deles.


A vantagem do Apocalipse está em ele seguir um sumário previamente noticiado:



“Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer.” (Apoc. 1: 19).



Há aqui três partes claramente definidas. As coisas que João tinha visto referiam-se a visão do Cristo exaltado e glorificado no meio das igrejas. Isso corresponde ao primeiro capítulo do Apocalipse. As coisas que são referem-se à era da igreja (ou dispensação da graça). Nós as temos nos capítulos dois e três do Apocalipse. As coisas que depois destas hão de acontecer referem-se ao período da grande tribulação que se seguirá à era da igreja, ou seja, se dará após o arrebatamento. Essa última parte começa no capítulo quatro e segue até o final do Apocalipse. Note-se que no capítulo quatro, no versículo primeiro, é mencionada uma porta aberta no céu. Trata-se da porta por onde passou a igreja no arrebatamento.


Uma regra importante para entender o Apocalipse é essa: Toda vez que houver referência ao céu, nós temos simbolismo, pois se refere a uma realidade que transcende o que conhecemos. Quando a referência é a acontecimentos que se darão na terra, nós devemos interpretá-los preferencialmente de modo literal. Digo “preferencialmente” porque coisas do mundo espiritual, como a descrição de demônios atormentadores, só podem ser feitas simbolicamente. Além disso, há aquelas descrições simbólicas de coisas terrenas que o próprio Apocalipse dá a interpretação. Também temos algumas descrições simbólicas feitas através de um simbolismo cujo significado já é conhecido em outros livros da Bíblia.


Os vinte quatro anciãos, por exemplo, na medida em são vistos no céu, representam uma numeração simbólica. O número doze é o número do povo de Deus (doze tribos de Israel, doze apóstolos). Vinte e quatro (12 + 12) anciãos representam todo o povo de Deus (do Antigo e Novo Testamento) que participou do arrebatamento. Já os 144 mil judeus selados, na medida em que são vistos na terra, são realmente 144 mil. Também o fato de esse número ser elevado e de serem judeus com classificações por tribo revela ser um número literal.






Pastor Glauco Barreira M. Filho (04.06.2009)

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