A Bíblia nos ensina que Jesus é o único e todo-suficiente salvador (Atos 4: 12), o que significa que não há co-redentores ou co-redentoras. A Bíblia também ensina que só temos UM advogado PARA COM PAI, Jesus Cristo (I João 2: 1). Isso significa que Maria não “roga por nós, pecadores”. Apenas Jesus é apontado como intercedendo por nós JUNTO AO PAI (Romanos 8: 34; Hebreus 7: 25). É ele quem COMPARECE, POR NÓS, PERANTE A FACE DE DEUS (Hebreus 9: 24). Aqui, na terra, outras pessoas podem interceder por nós em oração, mas só Jesus intercede PERANTE A FACE DE DEUS, JUNTO AO PAI. Ele é o nosso único Sumo Sacerdote no CÉU (Hebreus 8: 1).
A igreja na terra atua como corpo de Cristo, porque o corpo físico de Jesus está no céu. No céu, porém, a igreja descansa (não prega nem intercede), pois lá Jesus tem o seu próprio corpo, Ele VIVE SEMPRE para interceder por nós (Hebreus 7:25). Na terra, somos o corpo operacional de Cristo (intercedemos pelos outros, pregamos o evangelho etc.). No céu, porém, onde Jesus tem o seu corpo físico, a igreja é corpo de Cristo em outro sentido. No céu, ela não é corpo operacional, mas a esposa do Cordeiro. Ela é corpo relacional no sentido em que marido e mulher são uma só carne.
Se os santos intercedessem no céu, eles seriam oniscientes, pois não poderiam ouvir tantas orações ao mesmo tempo sem onisciência ou onipresença. Um católico me disse que o Deus onisciente comunicava aos santos a nossa oração. Se isso fosse verdade, não seriam os santos que intercederiam junto a Deus, mas, sim, Deus que intercederia junto aos santos. Uma aberração seria superada por uma outra pior ainda.
Os santos que morreram estão DESCANSANDO no céu e não intercedendo por nós (Apocalipse 14: 13). Se os santos intercedessem, não estariam em bem-aventurança, mas em castigo, sofrendo os problemas terrenos.
A Bíblia fala da igreja como uma comunidade que invoca o nome do Senhor (I Cor. 1: 2; Romanos 10: 13). Nunca, porém, a Bíblia fala de invocar os santos ou de alguém que os tenha invocado.
Jesus mandou que orássemos a ele ou ao Pai em seu nome (João 14: 13 – 14), mas nunca ordenou que orássemos aos santos.
“Porque há um só Deus e UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, Jesus Cristo, homem” (I Timóteo 2: 5)
Se Maria, por exemplo, intercedesse por nós, então ela seria mediadora entre nós e Jesus, enquanto Jesus seria mediador entre Maria e o Pai. A Bíblia, porém, diz que Jesus é Mediador entre Deus e os HOMENS e não entre Deus e Maria.
Os homens de Deus devem ser imitados (Hebreus 13: 7), mas não cultuados. Paulo disse:
“Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? Dou graças a Deus, porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio; para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome.” (I Coríntios 1: 12-15)
Falando dos apóstolos, Paulo disse:
“E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram” (Gálatas 2: 6)
Quando quiseram cultuar Paulo e Barnabé, esses responderam:
“Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão, clamando e dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há neles” (Atos 14: 14, 15).
Acerca de Pedro, a Bíblia diz:
“E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem” (Atos 10: 25, 26).
Devemos imitar os bons exemplos, mas não devemos venerar os homens, pois se ele tem ações dignas também tem falhas. Pedro foi usado por Deus, mas também foi usado pelo diabo (Mateus 16: 23). Lembremo-nos de que Pedro negou Jesus e os demais discípulos o abandonaram. Tiago e João queriam que Jesus destruísse os samaritanos. Os discípulos disputaram entre si sobre qual deles seria o maior no Reino de Deus. Pedro foi repreendido por Paulo pelo seu cinismo (Gálatas 2: 11, 14).
João Batista disse o seguinte de Jesus:
“É necessário que ELE CRESÇA E QUE EU DIMINUA” (João 3: 30)
Paulo disse:
“Porque NÃO PREGAMOS A NÓS MESMOS, MAS A CRISTO JESUS...” (II Coríntios 4: 5).
A Bíblia não registra nem uma oração dirigida aos “santos”, mas só orações dirigidas a Deus ou a Cristo como em Atos 4: 24-31 e II Coríntios 12: 8-9. Não adianta combinar versículos fora do contexto para construir um ensino que não está explícito na Bíblia. A Bíblia não é uma cabala ou livro de códigos. Nós temos que seguir seu ensino claro e literal (II Coríntios 1: 12; II Coríntios 2: 17).
Jesus ensinou-nos a oração do Pai nosso, mas não “rezas” aos “santos”. Ele disse que deveríamos pedir ao Pai em seu nome (João 16: 23-24).
O texto de Apocalipse 6: 10 não fala de intercessão dos santos. Os mártires não pedem por ninguém, apenas fazem uma pergunta a Deus sobre eles mesmos (“Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o NOSSO sangue dos que habitam sobre a terra?”). Esse versículo só prova que os que morreram estão conscientes de quem são e do que passaram, mas não prova que intercedem ou que sabem o que acontece na terra enquanto estão no céu!!
Quem ora aos “santos” quer ter contato com o espírito dos falecidos. Não é cristão, é espírita !
Pastor Glauco Barreira M. Filho (02.12.2009)
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